Pastorais

Escrito por Carlos R. Silva

Não existe almoço grátisNão se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus. (Romanos 12.2).

Durante uma aula, em uma universidade, um dos alunos, inesperadamente, perguntou ao professor:
 ‒ O senhor sabe como se capturam os porcos selvagens?

O professor achou que era uma piada e esperava uma resposta engraçada. O jovem respondeu que não era uma piada, e com seriedade começou sua dissertação:

 ‒ Para capturar porcos selvagens, primeiro localiza-se um lugar na floresta que os porcos selvagens costumam frequentar, e ali coloca-se  um pouco de milho no chão, diariamente.
Assim, os porcos selvagens vêm diariamente para comer o milho "grátis" e, quando se acostumam a vir diariamente, você constrói uma cerca no entorno do local, onde eles se acostumaram a comer, um lado de cada vez. Aí, quando eles se acostumam com a cerca, eles voltam para comer o milho, e você constrói outro lado da cerca.
Eles voltam a acostumar-se e voltam a comer.

- Você vai construindo a cerca no entorno, pouco a pouco, até instalar os quatro lados do cercado em torno dos porcos.
No final, instala uma porta no último lado.
Os porcos já estão habituados ao milho fácil e às cercas e assim começam a vir sozinhos pela porta de entrada.

É aí que você fecha o portão e captura a todo o grupo.

Simples assim, no passo a passo, até que no último segundo os porcos perdem sua liberdade. Eles começam a correr em círculos dentro da cerca, mas já estão presos. Depois, começam a comer o milho fácil e gratuito. Ficam tão acostumados a isso que esquecem como caçar por si mesmos, e por isso aceitam a escravidão.
Mais ainda, mostram-se gratos com os seus captores e, por gerações, vão felizes ao matadouro. E nem desconfiam que a mão que alimenta é a mesma que lhes abate.

O jovem comentou com o professor que era exatamente isso que ele via acontecer no seu país, no seu estado, em sua cidade, com o seu povo.

Sirvo-me da história e construo um pequeno raciocínio com aplicação imediata para as nossas vidas.

É exatamente assim que o pecado faz conosco.
Sabendo-se que pecado é desacordo, falta ou violação, é preciso dizer que ele traz prazer, pois é alimento para a carne. Sem medo de errar: verdadeiro “almoço grátis”.
Somos inclinados a olhar a grama do vizinho, reclamar pelo que não temos e desejar o que não precisamos. Em qualquer área.

E assim, o que antes nos chocava, já não o faz mais. O que antes era perigoso, tornou-se até agradável. O que antes era pecado, já está moldado, com novas formas, nova roupagem e é aceito.

O que mudou?
Nos conformamos, nos amoldamos aos padrões do mundo. O mundo é este sistema corrupto, que cauteriza a consciência, desumaniza a pessoa, prende a alma e fortalece a relação de inimizade para com Deus.
Sem percebermos, somos engolidos pela moda ditada na mídia, pela busca insana pelo corpo perfeito, pelo ter e conquistar descabidos. E assim, o perene toma o lugar do eterno!

Se não cuidamos, somos conquistados pelo sucesso fácil, em nome de uma religiosidade democrática e liberal, e nos acostumamos com o milho gratuito por tempo suficiente para alcançar a mansidão teológica, a mansidão doutrinária e a mansidão de princípios.

Mas, assim como é santo aquele que os chamou, sejam santos vocês também em tudo o que fizerem, pois está escrito: "Sejam santos, porque eu sou santo". (1 Pedro 1:15,16).

Fuja da esmola, fuja do “almoço grátis”. Ele não existe!

 

Pb Carlos R. Silva

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  • Textos bíblicos: Bíblia Sagrada versões NVI e ACF.